sexta-feira, 25 de março de 2011

Pais contestam encerramento de agrupamento de escolas do Vale do Âncora

Pais Na Escola - Associação de Pais e EE de Vila Praia de Âncora na imprensa:

"Com sede na Escola Básica de Vila Praia de Âncora este agrupamento é constituído por mais quatro estabelecimentos de ensino.
Totalizando 554 alunos, o agrupamento acolhe 77 alunos do pré-escolar, 268 do 1.º ciclo, 195 do 2.º ciclo e 14 do 3.º ciclo.

“A pequena dimensão deste agrupamento facilita a intervenção atempada junto dos alunos e famílias, só possível devido ao conhecimento e acompanhamento precoce dos seus agregados familiares. Assim sendo, esta união terá como consequência imediata a alteração da qualidade do ambiente escolar tão necessária à promoção e concretização do sucesso escolar e educativo de todos os alunos”, argumentam os pais, contestando a integração num mega-agrupamento com sede em Caminha.

Distância e partilha de recursos

Desrespeito pela carta educativa e população escolar superior à da sede do concelho, para onde se pretende deslocar o agrupamento, são argumentos que os pais invocam na carta do director regional de educação.
A estes argumentos, acrescentam ainda que, com a criação de um mega-agrupamento em Caminha vai-se estabelecer uma ligação entre escolas com distância física entre si, o que dificulta a partilha de recursos."

Jornal 'Correio do Minho' em 24/03/2011

Dia 1 de Abril, pelas 18H30m, esteja presente… Pelos nossos filhos.

Estimados Pais e Encarregados de Educação,
A DREN (Direcção Regional de Educação do Norte) prepara-se para proceder ao encerramento do Agrupamento de Escolas do Vale do Âncora. Como é compreensível, este é um ataque velado à comunidade educativa ancorense e à sua identidade pedagógica.
As intenções da DREN são de mandar os nossos filhos estudar para Caminha, à semelhança do que aconteceu no passado. E foram tantos os ancorenses que lutaram para trazer o ensino para a nossa terra.
A “Pais na Escola – Associação de Pais e Encarregados de Educação”, reuniu hoje (25 de Março/ 2011) com o Vereador da Educação, Dr. Flamiano Martins, tendo recebido o apoio da autarquia nesta causa essencial para o desenvolvimento do vale do Âncora.
No próximo dia 28 de Março, foi agendada uma reunião, por parte do vereador, com todas as associações de pais do concelho para preparar o encontro que a autarquia irá ter com os responsáveis da DREN a fim de discutir o encerramento do agrupamento ancorense.
No próximo dia 1 de Abril / 2011, terá lugar uma reunião geral de pais, promovida pela nossa associação, nas instalações Escola Básica de Vila Praia de Âncora, e que contará com a presença do Dr. Flamiano Martins que comunicará os resultados deste encontro.
Por considerarmos que esta decisão enferma de legitimidade bem como apresentar um carácter experimentalista e desorganizado revelador de falta de democracia (pois não fomos ouvidos) com que é imposta, apresentamos ainda as seguintes razões: desrespeito pela Carta Educativa; Vila Praia de Âncora, possui uma população escolar superior à da sede de concelho; os prejuízos financeiros e pedagógicos; a dificuldade de concertação de medidas organizacionais bem como a resposta imediata a solicitações quotidianas que se tornarão impessoais, normativas e impositivas.
Porque
 Pagamos a escola…
 Os nossos filhos estão na escola…
Somos parte da comunidade educativa…
Defendemos uma escola pública racional baseada na excelência e adepta da diferença…
Contamos com todos para defender a manutenção das escolas no Vale do Âncora. Dia 1 de Abril, pelas 18H30m, esteja presente… Pelos nossos filhos.
25 de Março de 2011
A Direcção

quinta-feira, 24 de março de 2011

PNE desafia Director Regional da Educação do Norte a manter o Agrupamento de Escolas do Vale do Âncora

Exmo. Sr.
Director Regional da Educação do Norte
Rua António Carneiro, 98
4349 – 003 Porto

Vila Praia de Âncora, 23 de Março de 2011


Assunto: Encerramento do Agrupamento Vertical de Escolas do Vale do Âncora.

Tendo tomado conhecimento da V. decisão de encerrar o Agrupamento de Escolas do Vale do Âncora, esta associação de pais vem, por este meio, manifestar o seu desacordo e exigir a revogação de tal deliberação.
Para além de considerarmos que esta decisão enferma de legitimidade, tendo em conta a altura em que é tomada (crise política), o carácter experimentalista e desorganizado desta medida e a falta de democracia (pois não fomos ouvidos) com que é imposta, apresentamos ainda as seguintes razões:
1)      Desrespeito pela Carta Educativa que foi fruto de ampla discussão no concelho e que agora vê a sua proposta de reordenamento da rede escolar invertida por uma decisão meramente burocrática e economicista, revelando um profundo desrespeito e desconhecimento da realidade e especificidades locais e das culturas organizacionais dos actuais agrupamentos do município de Caminha;

2)      Os dois agrupamentos situam-se a uma distância considerável com especificidades e identidades locais bastante distintas sendo que, Vila Praia de Âncora, possui uma população escolar superior à da sede de concelho. Perguntamos: Por que razão a sede do pretenso mega agrupamento não ficaria em Vila Praia de Âncora?

3)      A distância física das diferentes escolas tem como consequência a dificuldade em partilhar os recursos existentes nos dois agrupamentos o que se traduzirá em prejuízos financeiros e pedagógicos;

4)       A concertação de medidas organizacionais eficazes entre os dois organismos e a resposta imediata a solicitações quotidianas tornar-se-iam impessoais, normativas e impositivas. O que não nos espanta partindo do exemplo da DREN com a sua actual arrogante decisão da fusão dos agrupamentos;

5)      A pequena dimensão deste agrupamento facilita a intervenção atempada junto dos alunos e famílias, só possível devido ao conhecimento e acompanhamento precoce dos seus agregados familiares. Assim sendo, esta união terá como consequência imediata a alteração da qualidade do ambiente escolar tão necessária à promoção e concretização do sucesso escolar e educativo de todos os alunos.

Porque…
 Pagamos a escola…
 Os nossos filhos estão na escola…
Somos parte da comunidade educativa…
Defendemos uma escola pública racional baseada na excelência e adepta da diferença…

Queremos ser ouvidos e dispomo-nos para ouvir mas exigimos que, sem que isso aconteça, esta medida não seja tomada. Para nós, esta carta representa uma tentativa de fazer imperar a razão sobre o respeito pelos direitos constitucionalmente instituídos.

Com os melhores cumprimentos,


A Direcção